PROSOL LANÇA EM POXORÉU PROGRAMA FAMÍLIA COM TETO

Famílias carentes de Poxoréo serão as primeiras contempladas. O projeto para construção de casas com madeiras apreendidas pelo Ibama faz parte do programa Comunidade Ativa


“A antiga casa era de palha, ficava com medo de sair e encontrar tudo no chão quando voltasse. Se não fosse este programa eu não teria condições de construir a minha casa própria. Agora, nem acredito que tenho um lar para abrigar minha família dignamente”, comentou Hamilton Joaquim dos Santos, pai de quatro filhos, proprietário da primeira casa construída em Mato Grosso (Poxoréo) pelo programa “Família com Teto”.

Os contemplados serão capacitados para construir as moradias em regime de mutirão, aproveitando as madeiras apreendidas pelo Ibama. “Com o curso, além de ajuda na construção de minha casa, vou ter uma nova profissão e melhorar as condições de vida da minha família”, conclui Hamilton. “Com a nova casa vou ter mais segurança e meu marido vai pode ir trabalhar sossegado. Vai melhorar na limpeza, a água vai ser encanada, vai evitar que bichos entrem em casa. Enfim: vamos viver bem acomodados”, completa a esposa Maria Aparecida dos Santos.

Selismar Pereira Lopes, outra contemplada com casa própria, destaca o alívio de não ter que se preocupar se vão ter um teto ou não amanhã, “agora é só felicidade, não vejo a hora de colocar as mãos na chave de minha casa”. O programa será lançado em Mato Grosso no próximo dia 9 de novembro, no município de Poxoréo. A cerimônia contará com a presença de autoridades dos governos federal, estadual, municipal e parceiros que integram o programa Comunidade Ativa como Ibama, Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração, Sebrae, Fiemt/Senai e Caixa Econômica Federal.

Mato Grosso é o segundo Estado a lançar o programa. As cidades contempladas são as que integram o Comunidade Ativa, por apresentarem baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). No Estado, os municípios que fazem parte do programa piloto são: Poxoréo, Tesouro, Peixoto de Azevedo, Jauru e Confresa. Na primeira etapa, serão atendidas as cidades de Poxoréo e Tesouro. Na segunda etapa, Jauru, Peixoto de Azevedo e Confresa.

Ao todo, serão construídas 30 casas em cada município. Caberá ao Fórum de Desenvolvimento Integrado e Sustentável (DLIS) e a Prefeitura de cada cidade indicar os critérios de escolha das famílias que serão beneficiadas. A presidente da Prosol, Thelma de Oliveira, esclareceu que não se trata de conjunto habitacional.

As moradias serão construídas nos locais onde as famílias já estavam instaladas. Geralmente são famílias que estão na linha de miséria, vivem em barracos improvisados de palha, papelão, lona ou barro. “As casas são gratuitas e beneficiarão as pessoas desempregadas que não possuem renda fixa” explicou a presidente da Prosol.

São casas de dois quartos, com 50 metros quadrados, construídas através de mutirão com a participação de todos os beneficiados. Thelma de Oliveira ressaltou que está procurando parcerias com os empresários das regiões beneficiadas, para ajudarem doando materiais complementares para a construção das moradias. Enquanto as casas não ficam prontas às famílias são abrigadas em locais fornecidas pelo Fórum Desenvolvimento Integrado e Sustentável (DLIS).

Nilton Alves Rodrigues, representante do DLIS de Poxoréo, esclareceu que para a escolha das famílias foi levando em conta a renda familiar, o número de filhos menores e a freqüência na escola, além da necessidade de apresentar a carteira d vacinação atualizada. Serão analisados, também, o tipo e as condições das moradias, sendo que é necessário a família possuir terreno próprio. Em Poxoréo, 12 bairros foram contemplados com a construção das casas.

O programa “Família com Teto” inclui a capacitação de mão-de-obra pelo Senai com cursos de pedreiros, marceneiro, encanador e eletricistas. Os futuros moradores vão participar da construção de suas próprias casas. Cada pessoa beneficiada pelo programa Comunidade Ativa indicará uma pessoa para fazer o curso no Senai e ajudar na construção das casas. O instrutor do Senai, Elias Rocha, explica que “como o município sempre viveu basicamente de garimpo, o curso vai ensinar outras profissões para os moradores”.

Reportagem: Kaka Barros

Fonte: Secretaria de Comunicação Social